Comida engorda mais do que você pensa

A Hipnose coletiva funciona desde sempre, com artifícios os mais variados. Todos estamos sujeitos aos seus efeitos, é importante estar atento às diversas armadilhas colocadas em nossos caminhos.
No quesito comida, fica fácil determinar se você está se alimentando ou se está apenas comendo. É só observar sua Saúde. Está bem? Continue. Não está? Preste atenção no que usa como combustível.

Veja estes dados:

Estudo mostra que os cardápios de restaurantes e lanchonetes estão errados – indicam 100 calorias a menos, em média, do que cada prato realmente contém

Capixaba que morou em lixão vendeu empada na praia para fazer faculdade

Thiago Varella – UOL  (16/08/2016)

Quando criança, Ana Karla Nascimento Santa Ana decidiu quer iria ser advogada quando crescesse. A “certeza” veio quando viu o julgamento da personagem Ruth, na novela Mulheres de Areia. Mas, havia um problema. Ao longo da vida, essa capixaba da cidade de Serra, regiãometropolitana de Vitória (ES), ouviu de várias pessoas que “preto e pobre não estudam direito na faculdade.” No entanto, ela conseguiu. Não só se formou em direito como, antes ainda de terminar o curso, passou no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Mas o caminho não foi fácil. De fato a pobreza sempre foi constante na vida de Ana Karla. Filha de pais muito novos, assim que nasceu, ela foi morar em um lixão. Os mais “ricos” do local viviam em casa de madeira, enquanto sua família se contentava com um barraco de lona. Ao longo da infância, se mudou de uma ocupação para outra. Com as mudanças, também trocava de escola e perdia ano letivo. Dos 10 aos 14 anos ficou sem estudar. Voltou na quinta série e conseguiu concluir o que então era chamado de primeiro grau.

“Durante o ensino médio precisei trabalhar. Meus pais se separaram e minha mãe, que era faxineira, cuidava de mim e dos meus dois irmãos. Acabei abandonando a escola no segundo ano”, contou. “Aos 19 anos, casei. E no ano seguinte, separei. Me vi desempregada, sem escolaridade e com depressão, por causa do divórcio”, contou. O sonho de se tornar advogada ficava cada vez mais longe. Ana Karla casou-se de novo, com Sidnei Lima da Silva, e teve seu primeiro filho quando trabalhava em uma loja. No entanto, quando pediu para mudar de horário para poder estudar, recebeu uma resposta que marcou sua vida. “Meu gerente disse que preto e pobre não cursa direito. Como a faculdade não era útil para a loja, ele me demitiu”, contou. Ana Karla foi trabalhar como babá e retomou os estudos no EJA (Ensino de Jovens e Adultos) para, pelo menos, terminar o ensino médio. Em 2010, com a ajuda do marido, decidiu prestar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). “Ele ficou no terminal de ônibus tomando conta do nosso segundo filho, enquanto fui fazer a prova. Fiz uma pontuação bacana e acabei conseguindo três bolsas pelo Prouni”, disse. “Pensei em cursar pedagogia, já que preto e pobre não fazia direito, mas meu marido me convenceu a ir atrás de meu sonho”, completou. Matriculada e cursando direito na Universidade Estácio de Sá, Ana Karla precisou vender bala no terminal de ônibus e empadinha na praia ao lado do marido para sobreviver. “Colocava uma caixa na sombra de uma castanheira e vendia ali mesmo. Cheguei a estagiar, mas o salário era baixo e valia mais a pena vender minhas coisas na rua”, disse. Hoje, Ana Karla se diz orgulhosa de ter conseguido seu diploma. Mais do que isso, antes de se formar passou no exame da OAB. No começo do mês, teve o esforço reconhecido pelos vereadores de Serra e recebeu a comenda Nelson Mandela. Dentro de casa, a situação ainda não é confortável. Sidnei continua vendendo bala nos ônibus da cidade para manter a família e estudando para também passar no vestibular de direito. Já Ana Karla vai começar a estudar para prestar concurso. O sonho futuro é ser juíza. Por enquanto, vai tentar a defensoria pública. “Agora, eu tenho que estudar e conseguir um emprego. Tanto faz, escritório ou empresa. A porta que se abrir quero aproveitar ao máximo. Vou também tentar ser defensora pública e, no futuro, juíza. Ainda existe muito preconceito e discriminação. Vou trabalhar contra isso”, afirmou.

Técnicas de hipnose melhoram a performance de atletas

Jornal do Brasil

Muito usada por concurseiros, a hipnose é um dos principais fatores usados hoje para potencializar a concentração. Como não podia ser diferente, ela pode ser usada também para potencializar os resultados de atletas de alto rendimento que participam de competições que demandam requisitos supra-humanos como os Jogos Olímpicos. Rosane Ewald, atleta de tiro esportivo, é uma das adeptas da auto-hipnose.

“Toda noite faço a prova mentalmente e repito frasespositivas, que evitam que eu pense em coisas ruins durante a prova. Na hora, sento e respiro com calma, para abaixar a pressão. Aí pode cair o mundo do meu lado que eu não presto atenção. Se o juiz quer falar comigo, por exemplo, ele tem de me cutucar, senão eu não ouço ele falando do meu lado”, contou a atleta em entrevista para o UOL.

Vânia Calazans, psicóloga e hipnoterapeuta, destaca ainda a importância da técnica para estabelecer o equilíbrio emocional dos atletas:

“A hipnoterapia cognitiva ( hipnose associada a terapia cognitivo comportamental) além de melhorar o desempenho dos atletas, propicia o equilíbrio emocional tão necessário em provas competitivas, através de técnicas de gerenciamento de ansiedade, levando ao aumento da performance”, afirma a especialista.

Será essa uma arma para competir no seu próprio país sem sofrer com a pressão da torcida brasileira?

Australiano utiliza hipnose para acabar com a dor de clientes na hora de tatuar

POR FREDERICO PORTELA – O GLOBO

 Vai doer? Vai. Quem já passou pela mesa de um tatuador sabe que receber uma tatuagem dói – ao menos incomoda. No entanto, de acordo com o australiano Christopher Phoenix, a hora de enfrentar as agulhadas pode ser muito mais tranquila se combinada com uma sessão de hipnose.

Phoenix começou a estudar sobre métodos hipnóticos há cerca de 5 anos na tentativa de diminuir os efeitos da insônia. Mas, desde 2013, ele vem utilizando sua técnica em pessoas durante sessões de tatuagem. O procedimento promete reduzir o desconforto do contato das agulhas com a pele.

Phoenix já realizou mais de 30 procedimentos até então, e garante que funciona, principalmente em pessoas que já foram tatuadas antes:

— Antes da anestesia a hipnose era utilizada para aliviar a dor, é uma técnica legítima — diz ao ‘Daily Mail’ — Funciona melhor em pessoas que já tem tatuagens, pois assim elas podem comparar a diferença.

O australiano no momento está escrevendo um livro com o também hipnotizador Benjamin Ryan.

Assista a um vídeo (em inglês) com depoimentos de pessoas hipnotizadas por Ryan. Os clientes relatam sensação de anestesia:

Fergie diz que a hipnose e a música a salvaram das drogas

 

A cantora norte-americana acha que as pessoas dependentes têm de procurar alternativas para se manterem sóbrias. “Para mim foi fazer música e pôr os meus pensamentos para fora”, disse em entrevista ao jornal Guardian. Além da música, Fergie, de 39 anos, completou o seu tratamento com hipnose, que faz até hoje: “É uma técnica normal, em que no final se atinge um estado total de relaxamento e a terapeuta pode falar com o meu subconsciente. Fico muito descontraída, como se estivesse a sonhar. Já fiz hipnose para comer. Vou à geladeira e posso ouvir a voz dela a dizer para eu ser sensata”.

 A vocalista dos Black Eyed Peas diz que agora controla muito melhor o que come, em menos quantidade mas com mais qualidade: “O meu café da manhã é um smoothie verde todos os dias. Tem couve, espinafre, alface romana, metade de uma banana, metade de uma maçã e metade de uma pera”.

 Não é a primeira vez que Fergie fala do seu passado de drogas e revela detalhes sobre o tempo em que foi dependente: “No início, comecei com esctasy. Depois, aos poucos, passei do ecstasy para a anfetamina. Quando se começa a usar drogas, temos a impressão de que é genial e que tudo está ótimo. Depois a vida se torna um verdadeiro redemoinho, que nos leva pra baixo. Durante algum tempo eu cheguei a pesar 40 quilos!”.

A luta contra o Tabagismo ganha aliada através da Hipnose

Estudos mostram que cerca de 23 pessoas morrem por hora no Brasil por causa do cigarro, 200 mil pessoas no país morrem por ano em decorrência do tabagismo.
Fumo

O tabagismo é reconhecido como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas como álcool, cocaína e heroína. A dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. A dependência obriga os fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas. Nos países desenvolvidos, as terapias alternativas são grandes aliadas em diversos tratamentos. No Brasil, as técnicas de hipnose clínica estão ganhando popularidade para o tratamento contra diversos males, entre eles, o tabagismo. A enfermeira Antônia Luciana, 43, deixou de lado o hábito de fumar 20 cigarros por dia, que carregou durante dez anos. “Na segunda sessão de Hipnose consegui parar de fumar” conta.  Ela também ressalta que testou tratamentos com adesivos de nicotina e medicamentos. “Acreditei ser a hipnose, o último recurso que eu tinha”. A psicóloga Miriam Farias, que é especializada em hipnose clínica, explica que o tempo de tratamento vai depender de cada um, tem pacientes que respondem melhor e mais rápido ao tratamento.

Uma série de doenças estão associadas aos efeitos nocivos do fumo. O câncer é a mais comum. O tabaco é o responsável em 30% das mortes por câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero e em 90% das mortes por câncer de pulmão. Entretanto, as chances de se desenvolver um câncer de pulmão diminuem quando o indivíduo deixa de fumar e, segundo pesquisas, após 15 anos sem o uso da droga os pulmões, voltam ao normal como os de um não fumante. Outras doenças coronárias (angina,  infarto do miocárdio,  hipertensão arterial, colesterol alterado, embolia pulmonar e tromboflebite), cerebrovasculares (derrame cerebral, aneurismas arteriais), pulmonares obstrutivas crônicas (bronquite e enfisema), úlceras do trato digestivo, infecções respiratórias, entre outras, estão também relacionados ao ato de fumar cigarros, charutos, cachimbos e cigarros de palha.

O produtor editorial, André Cabral, 44 anos, conta que começou a fumar já um pouco tarde, logo depois de ser diagnosticado com transtorno bipolar por volta dos 32 anos “Depois de muitas idas e vindas, e várias tentativas fracassadas de parar de fumar, com a hipnose, deixei definitivamente de fumar aos 42. Fumava em média um maço de cigarros por dia, mas houve períodos em que fumei mais de dois”, explica, “A dependência desse tipo de droga é violenta, um dia você pede um cigarro a um colega ou compra no botequim, e fatalmente você volta a ser um fumante. Quando tentei a hipnose, tive a confiança de parar de fumar, pois, com a hipnose ficou mais fácil dizer não ao cigarro.”  concluiu.

André conta que na quarta sessão com a ajuda da hipnose clinica, já se sentiu mais confiante em largar de vez as baforadas do cigarro. “Combinei com a terapeuta dez sessões (uma a cada semana) de hipnose, com esse objetivo de deixar de fumar, no entanto, foram necessárias apenas quatro sessões. Entre quinze e vinte dias, pude dizer não ao cigarro, e novamente deixá-lo, mas dessa vez, foi mais fácil dizer e continuar dizendo não ao cigarro” revelou.  A hipnose é uma pratica reconhecida pelos conselhos Federal de psicologia, medicina, odontologia e fisioterapia. No Brasil a hipnose é uma técnica aprovada pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), em 20/08/99, através do Parecer nº 42/99. Os resultados positivos do tratamento, que se mostram definitivos na maioria dos casos de tabagismo, são obtidos através do equilíbrio entre o desejo de parar de fumar, e o tratamento dos sentimentos e emoções, que levam o paciente a encontrar no cigarro uma válvula de escape para suas questões emocionais.

Durante o tratamento, o hipnólogo investiga e procura as questões que levaram o paciente a ficar dependente do cigarro, e qual é a representação do cigarro na sua vida, tratando as representações e os afetos que estão relacionados ao uso do cigarro. Na hipnose, através das sugestões, é possível criar enjoo, aversão e nojo do cigarro;  assim, a pessoa vai se afastando do vício do cigarro, sentindo e percebendo que os cigarros não tem mais nenhuma função na sua vida. Há, porém, muitas pessoas que precisam se livrar do cigarro, mas que não demonstram nenhum empenho na busca desse objetivo. Por essa razão, sempre que tentam, sentem-se mais ansiosas e mais nervosas. Nessas pessoas, o tratamento através da Hipnose, pode também surtir ótimos resultados.

A Hipnose promove o equilíbrio e a qualidade de vida do indivíduo. Através da hipnose, é possível entrar em contato com a mente  inconsciente, e assim buscar uma  solução para o tabagismo sem que o paciente sofra ou volte a ter recaídas, livrando-se  do cigarro para sempre. A hipnose além de combater o tabagismo também é indicada nos tratamentos da depressão, ansiedades, fobias, síndrome do pânico, estresse pós-traumático, tíques, obesidade, dificuldade de aprendizado, transtornos do sono entre outros, além disso, recomenda-se o emprego da hipnose para tratar baixa autoestima, compulsões, estresse, gagueira, doenças psicossomáticas e dores de uma forma geral, sobretudo enxaquecas. Também auxilia pessoas sadias que desejam mudar sua maneira de agir para melhorar seus desempenhos sociais, profissionais ou de relacionamento e até mesmo os candidatos submetidos a provas e concursos.

(Fonte: acritica.net)

Como a hipnose substituiu a anestesia geral em 37 operações ao cérebro

Uma equipe de cirurgiões franceses publicou um artigo científico que confirma que a hipnose pode substituir as anestesias gerais em cirurgias de extração de tumores. Na Net, já há vídeos de cirurgias que recorreram à hipnosedação.

E se as equipes de cirurgias passarem a contar com especialistas em hipnose? O conceito já começou a ser experimentado no Centro Hospitalar Universitário de Tours, França, durante cirurgias a doentes com tumores cerebrais. A equipa de cirurgia local usou técnicas de hipnose em 43 cirurgias realizadas em 37 pacientes – e apenas dois desses pacientes disseram que, se tiverem de ser operados outra vez, preferem a anestesia geral, refere um artigo publicado no jornal Neurosurgery.

As cirurgias ao cérebro costumam ser compostas por três momentos: um primeiro em que o doente está sob efeito da cirurgia geral e que prevê o corte de pele e do osso; um segundo em que o doente é acordado para que o médico possa fazer a intervenção e limitar eventuais danos colaterais durante a extração do tumor; e por fim, um terceiro momento em que o doente é colocado outra vez sob anestesia geral para que o médico possa “fechar” a abertura da cirurgia.

Através de uma técnica batizada de hipnosedação, os médicos substituíram a anestesia geral por sessões de hipnose que começam a ser preparadas algumas semanas antes da operação. A Ars Technica revela ainda que pouco antes da cirurgia, os doentes são instruídos para que imaginem um cenário alegre em que é possível manter a consciência afastada a alguns centímetros do corpo. Durante a cirurgia o hipnotizador também pode dar instruções em consonância com as intervenções que são feitas pelos médicos – e desse modo poderá poupar os doentes aos ruídos ou vibrações causadas pela aplicação dos diferentes instrumentos na massa encefálica.

A hipnosedação apenas substitui a anestesia geral. Os doentes continuam a tomar analgésicos e sedativos que evitam a sensação de dor durante a cirurgia. Apesar de não dispensar o recurso a fármacos na totalidade, esta nova técnica tem a vantagem de tornar as cirurgias mais rápidas (não é necessário esperar que os doentes despertem) e de facilitar o controlo dos sinais vitais do doente.

Ainda é cedo para augurar a ascensão da hipnosedação ao estatuto de especialidade clínica: os cirurgiões do hospital de Tours não apuraram resultados que possam ser comparados com os doentes que foram submetidos a anestesias gerais – e por isso é difícil saber quais as vantagens que o uso da hipnose pode ter em cenário de cirurgia. Além disso, há a questão da adaptação ao indivíduo: a hipnose exige longos períodos de preparação e treinos – e todas essas sessões têm em conta os gostos e preferências de cada doente.

No vídeo que se encontra integrado nesta página pode ver uma cirurgia que recorre a hipnosedação. Não aconselhável a pessoas mais suscetíveis.

https://www.youtube.com/watch?v=1r4NyFfkghA

(Fonte: http://exameinformatica.sapo.pt)

2 dicas sobre o limão

Neurocientistas confirmam. Em 21 dias você reprograma seu cérebro

por Elaine Silveira

O título é impactante não é? Por que 21? 21 dias para mudar e transformar. 21 dias para ser uma pessoa mais feliz e de bem com a vida. 21 dias para começar a fazer yoga. 21 dias para meditar. 21 dias para mudar os hábitos alimentares…21 dias para abandonar e quebrar um hábito, como parar de comer carne, parar de fumar, parar de criticar, adotar condutas altruístas…etc

Tudo o que você precisa são 21 dias de determinação e disciplina fazendo ou deixando de fazer determinada coisa.

Você sabia que tudo o que você conquistou, assim como o seu padrão de pensamento e comportamento estão relacionados aos seus hábitos? Ou seja, os seus hábitos influenciam diretamente a sua qualidade de vida.

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Os hábitos são, essencialmente, padrões de comportamentos e acabam se tornando uma parte do que somos. Quando algum comportamento se repete o cérebro cria vias sinápticas mais rápidas, de maneira que uma ação aciona a ação seguinte, de forma quase automática. Em 1983 uma mulher escreveu o artigo Three Weeks to a Better Me, na Reader’s Digest, onde relatou sua experiência de 3 semanas de esforço em não criticar.

A neurociência explica como isso ocorre no cérebro. Já está provado por diversos estudos científicos que o cérebro tem duas formas de tratar as informações e ações vividas: uma de maneira consciente e a outra inconsciente. Mas talvez você pergunte: é possível fazer algo de forma inconsciente, sem nos darmos conta? Sim, é o que costumamos chamar de “modo automático”, são as ações que você executa sem a necessidade de prestar atenção em cada movimento. E muitas das coisas que executamos com frequência ao longo do nosso dia, de forma repetitiva, estão no modo automático, seja na nossa rotina doméstica ou mesmo no trabalho. Dirigir, por exemplo, é um hábito tão mecanizado que muitas vezes você sai de um lugar e chega ao outro e nem se lembra do percurso que fez, seja de carro ou mesmo a pé. Seu cérebro está tão treinado com aquele caminho que você o faz com a mente focada em mil e uma ideias, menos no ato de dirigir, caminhar ou no percurso.

Toda ação, primeiro, é consciente

Acontece que quando você repete essa ação muitas vezes o cérebro cria um caminho neural que envolve os atos de pensar, sentir e agir. Depois que o cérebro se considera treinado o suficiente para determinada coisa, sai do modo consciente e vai para o inconsciente. E, nesse processo, pelo menos 95% das nossas ações são comandadas pela mente subconsciente, um super computador carregado com uma base de dados de comportamentos programados.

Essa transferência ocorre em 21 dias, prazo que leva para uma ação ou um hábito migrar da zona CONSCIENTE do cérebro, ou seja, a zona pensante, para a zona de execução automática do cérebro, ou seja, INCONSCIENTE. É isto que nos permite ser multifuncionais. Vamos citar novamente o exemplo de dirigir, algo fácil e totalmente mecânico. Observe quantos movimentos são realizados sem que você precise prestar atenção. O pé direito no acelerador ou no freio e o pé esquerdo na embreagem, os 3 pedais em movimentos sincronizados para o carro não morrer. Você pensa na meia embreagem quando dirige? Certamente não. Enquanto isso os olhos monitoram 3 retrovisores e as mãos controlam o volante, câmbio e setas para sinalizar as conversões, etc… E você faz tudo isso enquanto conversa com alguém no carro ou ao telefone, canta, toma decisões importantes, ouve o rádio, enfim, sua atenção está sempre voltada para alguma outra coisa, pois dirigir não requer sua atenção uma vez que se tornou algo automático.

Até aí, estaria tudo ok não fosse a comprovação pela neurociência de que estamos no piloto automático, sob o comando da mente inconsciente, 95% do tempo.

Ou seja, você não está consciente na maior parte do tempo. Apesar disso, é bom saber que você pode programar e desprogramar o seu cérebro no que se refere a qualquer ação cognitiva que envolva o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, o raciocínio e o intelecto. É através da repetição que você adquire uma nova forma de pensar, sentir, agir e se comportar, esteja você ciente ou não.

Uma forma simples e comprovada de adquirir um novo hábito é estabelecer um programa de 21 dias. Determine o que você quer ou precisa que se torne uma rotina. Estabeleça um horário que vc possa se dedicar a isso. E passe a repetir por 21 dias consecutivos. Muito provavelmente você encontrará resistência no início, mas do 22º dia em diante a ação será executada com naturalidade e vc sentirá falta se não realizá-la, pois seu cérebro já estará habituado com a prática. Sem esforço nem desconforto. Eduque seu cérebro, faça essa ginástica mental para ter sua mente trabalhando a seu favor e tenha autodisciplina. Para isso, a rotina de repetição deve ser empregada por 21 dias consecutivos. Consecutivos mesmo, sem falhar nem 1 dia, ok? E é aí que entra a sua disciplina. Esse método de 21 dias pode ser aplicado para qualquer coisa, seja para adquirir uma rotina de estudo, organização no trabalho, forma de pensar positivamente, fazer uma atividade física, ou, o que eu super recomendo: MEDITAR!!!

Talvez você pense. Nossa, desse jeito é possível criar um novo hábito por mês e, ao final de 1 ano, terei 12 novos hábitos. Desculpe mas terei que jogar um balde de agua fria no seu entusiasmo.

CUIDADO, porque se você não fizer de forma consciente pode se transformar num robô, um amontoado de ações inconscientes. Será que você já não está nesse estágio? Ser multi funcional parece ser bom não é? Considerando o quanto pessoas que conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo são elogiadas. No entanto, acabam ficando ligadas no “piloto automático”. E, quando chegam ao final do dia, são incapazes de se lembrar detalhes do que fizeram e como realizaram as suas tarefas.

Saiba que quanto mais automático você for, maior também será sua dificuldade de concentração. Isso acontece porque os pensamentos e comportamentos automáticos tiram nossa atenção do momento presente. Eles são estruturados em experiências do passado. Pessoas automatizadas tendem a ser menos criativas, pois costumam seguir padrões repetidos e, por isso, são inflexíveis, têm dificuldade de se adaptar a novas situações, de encontrar novos caminhos e enxergar possibilidades inovadoras. Então, tenha sabedoria para usar a ferramenta dos 21 dias a seu favor e não ficar condicionado a hábitos que possam te robotizar e tirar de você algo precioso, que é a sua consciência.

A ideia aqui, mais do que te dar dicas sobre como adquirir novos hábitos, é te conscientizar sobre você mesmo, pra que você saiba que seus hábitos guiam o teu destino. Se os teus pensamentos, atitudes e comportamentos não te favorecem, então está na hora de mudar e você pode fazer isso através de uma disciplina diária e mudança na sua rotina no que se refere ao pensar e agir.

No entanto, observe se mais importante do que adquirir novos hábitos não é melhor fazer uma reprogramação para desestruturar hábitos antigos e sabotadores. Desconstruir padrões mentais, esvaziar e zerar conceitos velhos é um caminho para se abrir ao novo e para adquirir novos conhecimentos. Usar a metodologia dos 21 Dias para adquirir o hábito da meditação e do relaxamento pode ser um forma edificante de usar o inconsciente para atingir a consciência.

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Mudar ou abandonar hábitos antigos não é tão simples. Há um consenso de que esta prática é mais difícil. Uma vez que as sinapses foram ativadas por uma repetição de comportamento, mesmo que se consiga quebrar por forte determinação e disciplina, essas sinapses podem ser reativadas sob o menor estímulo. Isso fica muito evidenciado no caso de vícios.

De qualquer forma, para aumentar suas chances de sucesso, tente mudar um hábito de cada vez. Estabeleça planos e repita o comportamento de forma que ele se torne instintivo e seja parte de você. A neurociência também tem mostrado que as pessoas podem realmente mudar a sua estrutura cerebral (independentemente da sua idade) através da criação de novas vias neurais apenas pelo pensamento consciente.