Com a proximidade das festas de final de ano, professor dá dicas de como usar bem seu dinheiro e não gastar além do possível

Todos os anos a história se repete, vão chegando os meses de outubro e novembro e a cidade já começa a mudar sua estrutura e decoração. São os enfeites natalinos, os cartazes de ofertas, promoções etc.

Com toda essa transformação e informação visual surge, internamente em muitas pessoas, aquela vontade de fazer a lista de presentes e começar a gastar. O problema é que, muitas vezes, esses gastos acabam se tornando maiores do que o que se planejou, se é que algo foi planejado.

Para o professor Rogério Castilho, especialista em Neurociência e Psicologia e Marketing, somos constantemente bombardeados pelo consumismo e com o gatilho de necessidade e urgência que a publicidade utiliza.

Desta forma, afirma, o professor, “o ideal é entender um pouco sobre como as propagandas influenciam na hora da decisão da compra: chamamos isso de Neuromarketing. Devemos nos fazer seguinte pergunta quando sente a necessidade ou vontade de comprar: Eu quero ou eu preciso deste produto”?

Segundo Castilho, temos a necessidade de internalizar e entender o que, de fato, iremos ganhar com a aquisição do produto em questão. “Colocar na balança a real necessidade de ter aquele bem naquele momento e de que maneira você poderia investir esse dinheiro para te trazer um bem maior. Ou seja: qual é o seu objetivo maior na vida?

A vontade de gastar fica ainda mais intensa quando os presentes são para as crianças, sejam elas filhos, sobrinhos, netos etc. Muitas vezes, dizer o “não” para elas é doloroso para ambos, mas é preciso cautela nesses casos.

“Temos valores e crenças, e cada indivíduo é único. Ajudamos na construção dos valores de nossas crianças e com o tempo essa escala vai mudando. O ideal é mostrar para elas a real importância do dinheiro. Este é um processo que deve ser iniciado desde muito cedo. Só assim as crianças começarão a também entender algumas prioridades. Não todas, afinal, são crianças”, explica o professor.

Outra situação que acaba resultando em muitos gastos nessa época são as inúmeras confraternizações. São as reuniões de trabalho, amigos do tempo de escola, faculdade, da academia e, para finalizar, a noite de natal com a família. Muitas pessoas possuem mais de cinco grupos a se encontrar no final do ano, e cada evento é um gasto a mais com comida e os famosos “amigos secretos”.

Neste caso, a dica é “procurar comparecer apenas àquelas festas que sejam de real importância, satisfaçam seus valores pessoais e que estejam dentro de sua escala de prioridade e limite de gastos. Muitas vezes o ciclo de pessoas se repete, portanto, precisamos escolher o que mais nos faz bem”, finaliza o professor.

(Publicado na mídia cearense)